"O criador é aquele que faz avançar a história da moda" - Didier Grumbach

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Década de 50 - A Revolução Jovem

Figura 1 - Jovens dos anos 50


A década de 50 rejeita os valores estabelecidos durante a Guerra em matéria de arte, desenho e moda. O advento Pop Art, dá- se no início dos anos 50. Os artistas pop´s se lançaram de corpo e alma à comercialização da nova cultura, sobretudo a americana. A economia dos Estados Unidos floresce no pós-Guerra, encorajando e impulsionando os mercados de consumo de roupa. Os avanços das fibras sintéticas como o nylon, chega aos Estados Unidos após a guerra e outras matérias como O Banlon, o orlan, práticas e usáveis, redimensionam a face da moda.

O Rock'n'roll explode os sons dos Estados Unidos e sacode o mundo na metade dos anos 50 arrebatando um bando de adolescentes. O estilo masculino muda de uma maneira inesperada. Em 1954 o terno "Teddy Boy" se confunde desde já com o "New-eduardiano". Pela primeira vez os adolescentes vestem o que não é ditado pelos pais e pela primeira vez a moda vira um fenômeno da juventude.


Figura 2 - O estilo Teddy Boy


A liberação da mulher e sua entrada no mercado de trabalho produtivo entusiasmava os consumidores. As roupas se tornaram práticas, algumas como as de jovens tiveram origem no Sportswear americano, como as calças cigarrettes.

Audrey Hepburn, Marylin Monroe e mais tarde, Brigitte Bardot, foram às musas inspiradoras mais copiadas. Vários eram os looks das estrelas: o short, o decote canoa, os tomara-que-caia, vestido saia-balão, maiô helanca, a linha trapézio, o tailleur, a linha tubo.


Figura 3 - Modelos da época


A música de Elvis Presley, suas roupas coloridas, sua dança enérgica e sensual, se transformam na linguagem de todos os jovens rebeldes dos anos 50. Pela primeira vez um gênero musical consegue se transformar em agente e veículo de uma violenta transformação no modo de vestir, pensar e agir de milhões de jovens. Os jeans que transformavam o comportamento dos adolescentes dos anos 50 se eternizam pelo sentido democrático de vestir jovem. Os jovens do mundo inteiro se identificam imitando as roupas "denim" e os couros de James Dean e de Marlon Brando.

Figura 4 - Marlon Brando


Em Paris, Dior apresenta as coleções mais sofisticadas e elaboradas. Em 1951 ele cria a linha "Princesa". Em 1954 a linha H. As linhas A e Y em 57, ao mesmo tempo que o primeiro vestido "chemise". Chanel reabre sua maison em 1954, fechada desde 1938. Suas linhas clássicas fazem oposição ao estilo Dior. É o momento que se assiste ao declínio do prestígio da

alta-costura e o grande desenvolvimento do prêt-a-porter.

Figura 5 - Croqui de Dior


Fazendo do erotismo uma arma de conquista, Hollywood lança uma nova safra de stars que estilhaçam os limites da moral dos anos 40 : Gina

Lolobrígida, Sophia Loren e Jayne Masnfield. Enquanto Carmem Miranda, "a pequena notável" também explode nas telas.

Figura 6 - Sophia Loren


Mary Quant desponta no cenário com sua loja Bazaar atendendo a demanda de roupas jovens. Novas revelações no modo de vestir: o look beatnick. Inspirado na moda das ruas, ela própria inspirada em astros da música e uniformes de gangues. Os beatnicks resultam de uma mistura de influências da margem esquerda parisiense e dos jazz-men americanos. Enquanto isso as indústrias de roupas prêt-a-porter iam ficando cada vez mais fortes. Até os costureiros franceses estavam se voltando para este foco, com isto a alta- costura começou a perder terreno.

Figura 7 - Beatnicks

Um comentário:

Anônimo disse...

Mito bom! parabéns.